WRC: FIA discute com pilotos e equipas Taça dos Privados no Mundial de Ralis

Devido à sua proximidade com o tema, a M-Sport tem acompanhado de muito perto o trabalho que a FIA está a desenvolver com vista à criação da Taça dos Privados, competição que visa premiar a participação e o esforço destes concorrentes no Campeonato do Mundo de Ralis.

Neste momento a ser discutido em conjunto com os organizadores, de forma a tornar-se o mais simples possível, a ideia-base que se encontra por trás desta taça é oferecer um campeonato alternativo aos pilotos que não podem competir nos carros de rali de 2017. Richard Millener, da M-Sport, explicou-nos o que está em causa:

“Necessita de haver algum reconhecimento por parte da organização de cada evento sobre os pilotos que em cada rali competem por essa taça. É importante que os concorrentes possam ser envolvidos e possam ter algo para mostrar aos seus patrocinadores, em particular se vencerem uma categoria de um evento do WRC. Estamos agora a finalizar esses detalhes e espero que tudo esteja concluído por volta do próximo mês. Um calendário específico para a Taça dos Privados é um dos temas que estamos a analisar. Deve haver um número-limite de eventos para cada piloto ou devemos antes obrigar que a participação numa determinada prova seja obrigatória? Queremos ter os carros a competirem nos mesmos ralis, mas também não queremos retirar a atenção de um piloto que queira participar num rali em qualquer momento da temporada”, revelou.

O responsável da estrutura liderada por Malcom Wilson acredita ainda que as motivações deste tipo de pilotos devem ser consideradas e protegidas:

“Sabemos que muitos dos pilotos que querem competir têm completa noção de que não vão vencer uma prova de um dia para o outro porque não têm o tempo para testar os carros da mesma forma que os pilotos profissionais. No entanto, eles já contribuem do ponto de vista financeiro e da atenção dos média para o campeonato, o que é importante para os organizadores e todos os envolvidos – as equipas e a FIA. Pilotos como o Prokop, Yazeed e Gorban, por exemplo, são vitais para o campeonato porque passam o seu tempo e o seu orçamento no WRC, que é o que queremos. Na minha opinião, a idade dos carros que eles irão utilizar não é um tema, já que o essencial é garantir que existe algo para estas pessoas poderem competir, e das quais precisamos”.

Martin Holmes com André Bettencourt Rodrigues