Citroën testou em Portugal C3 WRC de 2017

Por a 14 Maio 2016 11:46

Três semanas após o primeiro contacto com o carro, a Citroën Racing visitou o Algarve com o objetivo de continuar o desenvolvimento do C3 com que irá regressar a tempo inteiro no Campeonato do Mundo em 2017. Kris Meeke e Stéphane Lefebvre foram os pilotos destacados pela estrutura gaulesa para quatro dias de trabalho em que as condições atmosféricas não facilitaram. Mas essa situação acabou por ser uma vantagem, revela Laurent Fregosi, Diretor Técnico da Citroën Racing:

“Ficámos na verdade muito satisfeitos com a variabilidade das condições uma vez que nos permitiram testar diferentes configurações quanto ao acerto do carro e como a carroçaria resistia face à lama”.

Fregosi explicou depois o caderno de encargos previsto definido para este ‘shakedown’ em solo nacional:

“Trouxemos vários objetivos para os testes, e a fiabilidade dos diversos componentes era obviamente um deles. A quilometragem realizada por cada componente é depois anotada para garantir que se encontra de acordo com as especificações definidas. Mas o nosso trabalho esteve também focado no desempenho do carro e no conforto dos pilotos a bordo dele.

C3 WRC 2017

Com 20 anos de serviço defendendo as cores da Citroën Racing, Laurent Fregosi trabalhou em projetos como o ZX Grand Raid que dominou o Dakar, o Xsara Kit-Car que tão boa conta deu de si face aos WRC e todos os projetos seguintes relacionados com a presença da marca nos ralis. Nomeado Engenheiro-Chefe em 2005, o francês substituiu no início do ano Xavier Mestelan-Pinon no cargo que atualmente ocupa. Envolvido há cerca de um ano no projeto do carro de 2017, o novo Diretor Técnico reflete sobre as suas origens:

“Ver o nosso novo WRC completar duas longas sessões de testes em superfícies exigentes sem encontrar grandes problemas é muito recompensador para todos os que têm trabalhado neste projeto há cerca de um ano.  Como sempre, começámos por desenhar um conjunto de especificações baseadas nos regulamentos da FIA e nos objetivos de marketing da marca. Assim que definimos o modelo base, começámos a desenhar em CAD [no computador] o desenho dos diversos componentes: motor, transmissão, depósito de combustível, roda suplente, etc. O desenho do roll-bar e o posicionamento dos bancos da equipa no carro é influenciado por todos estes volumes.”

Sobre o desenho de cada componente, Fregosi afirma que a abordagem é sempre a mesma: simplicidade, leveza e resistência, com vista a garantir um centro de gravidade o mais baixo possível. “É depois pedida a opinião aos técnicos responsáveis por garantir o funcionamento do carro. Ainda precisamos, por exemplo, de melhorar a forma como removemos as partes que necessitarão de ser substituídas durante o serviço. A experiência adquirida nos últimos vinte anos ao mais alto nível nos ralis é tido em conta no trabalho na fábrica, mas também adicionámos o conhecimento adquirido com uma maquete de um DS3 WRC de testes. Ao reduzirmos o ritmo do desenvolvimento em 2014, quisemos também testar novas soluções para o futuro. Utilizámos o motor de um C-Elysée do WTCC, o que significa que o carro imediatamente apresenta os mesmos indicadores de potência que teremos no próximo não. Também testámos os esquemas de suspensão mais recentes.”

Depois de aprovados, os desenhos foram entregues às várias oficinas (transmissão, eletrónica, peças de plástico) para serem produzidas. Montado em menos de um mês, o primeiro protótipo conjugou o esforço das diversas equipas: “Foi um momento crítico porque alguns componentes demoram muito tempo a serem fabricados. Nas oficinas os técnicos adotam uma abordagem ‘just in time’, para que tudo estivesse pronto no prazo previsto. E apesar de já termos completado duas sessões de testes, ainda agora iniciámos esta viagem. Analisar a informação recolhida e o feedback dos pilotos ajudam-nos depois a desenvolver as definições técnicas e a selecionar as soluções mais eficientes. Ao mesmo tempo estamos também a preparar um segundo carro, que será testado em breve no asfalto. Esta forma interactiva de trabalhar, que afeta todas as áreas, do chassis, ao motor, incluindo transmissão e aerodinâmica, continuará a ser aplicada até obtermos a homologação do carro para o Rali de Monte-Carlo de 2017. Parece que está ainda muito longe, mas no entanto chegará depressa antes de nos darmos conta dele!”

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