CRÓNICA: Vamos falar de segurança…

Regra geral, não foram muitos os locais em que foram vistas pessoas em zonas muito arriscadas neste Rali Serras de Fafe, mas o que se viu no salto de Montim é mau demais para ser verdade. A organização delimitou uma zona logo após o salto com ‘fitas’ impedindo as pessoas de se colocarem nesse local, o que foi perfeito, mas alguém fez muito mal as ‘contas’ ao terminar a colocação da zona de segurança tão cedo, e se achou que o pequeno ‘morro’ que nem meio metro tinha era suficiente para ‘segurar’ os carros esteve a milímetros de se enganar redondamente como se comprova pelas fotos e pelos vídeos existentes. Continua-se a facilitar imenso na segurança nos ralis em Portugal e sendo verdade que as organizações fazem muito, provavelmente muito mais do que podem face aos meios que têm, há claros casos de má apreciação e este é claramente um deles. Qualquer pessoa com conhecimentos mínimos sobre ralis sabe que aquela zona do troço de Montim é perigosa e permitir a existência de público onde ele se vê nas fotos é meio caminho andado para uma tragédia. Não há que ter meias palavras, foi sorte a ‘coisa’ não ter corrido pior e o pior disto tudo é que, como todos sabemos, a sorte um dia acaba…

Para além disso, e sem desrespeito aos muitos bons fotógrafos profissionais e semi profissionais que temos em Portugal, que têm o seu trabalho para fazer, há muita gente ‘curiosa’ da fotografia, que não imagino estar acreditada para a prova ou não, que se coloca em zonas muito a ‘jeito. Demais! Meus Senhores, quem ler isto e for uma das pessoas que se pôs a ‘jeito’ pensem numa coisa muito importante. Não há fotografia que alguma vez na vida seja mais importante que a sua segurança. Bater nesta tecla nunca será demais…

NOTA: Fonte da organização do Rali Serras de Fafe, a Demoporto, contactou o AutoSport para acrescentar informação ao conteúdo desta crónica, para ajudar a perceber algumas situações: “De facto, a segurança tem que ser a sílaba tónica em qualquer prova de desporto motorizado e todos juntos temos que pugnar por ela. No entanto, não podemos deixar de referir que naquele local havia fitas e redes em quantidade para que a zona de segurança fosse eficiente. Na sexta-feira foram colocadas fitas em ziguezague, antes (recordamos que o salto é cerca de cem metros depois de uma direita muito rápida) do salto, redes antes e após o salto e mais fita após o salto, até a um caminho que existe à direita da classificativa, cerca de 150 metros após o salto, ou seja para além do local onde se encontravam as pessoas da foto. Além disso, como também se pode ver nas imagens disponíveis, havia polícia na zona, para evitar este tipo de comportamentos. No entanto, realçamos, não sabemos se alguma dessa fita foi retirada. Pensamos que não, e o que se pode ver é que apesar de todos os apelos feitos ao público, há quem continue a ignorar as mais básicas regras de segurança, em prol de uma boa imagem, como muito bem é referido na peça” disse fonte da organização.